segunda-feira, 3 de julho de 2017

Gratidão e contentamento



10 Alegrei-me, sobremaneira, no Senhor porque, agora, uma vez mais, renovastes a meu favor o vosso cuidado; o qual também já tínheis antes, mas vos faltava oportunidade.
11 Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação.
12 Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez;
13 tudo posso naquele que me fortalece.
14 Todavia, fizestes bem, associando-vos na minha tribulação.
15 E sabeis também vós, ó filipenses, que, no início do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja se associou comigo no tocante a dar e receber, senão unicamente vós outros;
16 porque até para Tessalônica mandastes não somente uma vez, mas duas, o bastante para as minhas necessidades.
17 Não que eu procure o donativo, mas o que realmente me interessa é o fruto que aumente o vosso crédito.
18 Recebi tudo e tenho abundância; estou suprido, desde que Epafrodito me passou às mãos o que me veio de vossa parte como aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus.
19 E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades.
20 Ora, a nosso Deus e Pai seja a glória pelos séculos dos séculos. Amém!
21 Saudai cada um dos santos em Cristo Jesus. Os irmãos que se acham comigo vos saúdam.
22 Todos os santos vos saúdam, especialmente os da casa de César.
23 A graça do Senhor Jesus Cristo seja com o vosso espírito.


Breves comentários

Chegamos ao final desta epístola, sendo reserva esta última parte pelo apóstolo aos agradecimentos àquela igreja que muito lhe ajudou. Vejamos algumas lições que podemos depreender destes versículos finais.

1 – Um líder autêntico tem um coração verdadeiramente grato (vers. 10).
Paulo era o fundador daquela e de muitas outras igrejas. Ele poderia ter uma postura de achar que era uma obrigação das igrejas em sustenta-lo. Na verdade, isso é ensinado hoje em muitas igrejas, no sentido de que o líder tem que ser sempre honrado e coisas do tipo. Não que isso seja errado, mas tem que acontecer voluntariamente. Nem todas as igrejas apoiaram Paulo (vers. 15), mas os filipenses fizeram isso voluntariamente.

2 – Um verdadeiro homem de Deus sabe também estar contente em toda e qualquer situação (vers. 11-12a).
Isso demonstra que o verdadeiro contentamento de um cristão não está nas circunstâncias. O seu caráter, seu jeito de ser não está sujeito ao sabor dos acontecimentos.

3 – Um homem de Deus PODE acabar passando por qualquer tipo de situação (vers. 11-12a).
Muito se ensinou por aí que o cristão não enfrenta nenhuma crise ou dificuldade, mas a vida do apóstolo nos mostra que não é bem assim.

4 - Há determinados conhecimentos que somente a experiência podem proporcionar.
Paulo diz “aprendi” a estar contente em qualquer situação (vers. 11). E assim o Senhor faz conosco. Nos ensina determinadas lições por intermédio das experiências que vivemos.

5 – É no Senhor que se busca força para suportar toda e qualquer situação (vers. 13).
Esse versículo geralmente é muito mencionado fora do seu contexto, com mensagens do tipo “pensamento positivo”, ou a possibilidade de conquistar qualquer coisa, quando na verdade, Paulo está dizendo que ele pode tudo (as coisas que ele já descreveu) n’Aquele que o fortalece.

6 - Ajuda bem quem tenta, de algum modo, participar do sofrimento alheio (vers. 14).
Eles participaram das aflições de Paulo. Não foi uma ajuda emocionalmente distanciada, ou seja, tiveram verdadeira empatia pelo apóstolo.

7 – Quando os servos de Deus assumem um determinado compromisso, o ideal é que o honrem até o fim.
Paulo disse que quando ele estava realizando sua missão em Tessalônica, nenhuma igreja se associou a ele para o fim de o ajudar financeiramente, a não ser a própria igreja de Filipos (vers. 15-16). E agora, os filipenses continuavam sendo os únicos a ajudarem Paulo, e este, sem dúvida alguma, necessitava de tais donativos (vers.18). Claro que o Senhor poderia ter utilizado outros meios, entretanto, era muito bom que tais recursos adviessem de uma igreja tão querida. O que é bacana nessa história é que os filipenses se comprometeram a ajudar Paulo sempre que necessário, e independentemente das circunstâncias. Eles não abandonaram o seu querido líder.

8 – Permitir-se ser servido é uma forma também de abençoar os abençoadores.
Paulo não estava atrás de donativos, mas sim verdadeiramente interessado no bem daqueles que o estavam abençoando (vers.17).

9 – Ofertar de coração a um homem de Deus é como oferecer um sacrifício ao próprio Senhor (vers. 18).
Paulo menciona que esta dádiva era aceitável ao Senhor. É o cumprimento da palavra que diz “a mim o fizestes”.

10 – Nenhuma dádiva realizada verdadeiramente em favor a obra de Deus será em vão, pois é o próprio Senhor que há de suprir todas as necessidades (vers. 19).
Paulo menciona confiantemente que todas as necessidades daquela igreja seriam graciosamente supridas pelo Senhor. É muito interessante que Paulo utiliza uma linguagem um tanto quanto cambial para expressar essa lição. Donativo (vers. 17), recibo (vers. 17), crédito (vers. 18), riqueza (vers. 19). 

2 comentários:

  1. Essa carta de Paulo
    Foi um exemplo de amor por Deus.
    Um exemplo para nos
    Obrigada ,Pastor Carlos pela paciência e pela explicações tão clara sou grata pela vida do Senhor em nós encinar tão bem,
    Que possamos ser um pouquinho parecido com Paulo em viver em todas as situações fazer a obra do Senhor l

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    1. Louvado seja Cristo!
      Deus abençoe, minha irmã!
      (Pr. Carlos)

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