segunda-feira, 17 de abril de 2017

Filipenses 2.1-4 – Buscando viver em harmonia comunitária




1 Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos e misericórdias,
2 completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento.
3 Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo.
4 Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.


Comunidades eclesiásticas, por melhores que sejam, podem apresentar problemas, como os a seguir:

- doutrinários;

- relacionais;

- pessoas achando que seu dom ministerial é o mais importante;
- gente querendo que sua vontade prevaleça sobre a dos demais:?
- pessoas que querem acumular todas as funções para si, tendo problema em delegar para os outros;
- fazer coisas para vanglória, para se aparecer;

Parece que com os filipenses não era diferente. Paulo introduz o capítulo com algumas características que espera que existam na igreja dos filipenses:

1 – “Se há, pois, alguma exortação em Cristo”: podendo aqui exortação (paraklesis) ter o sentido de “conforto”, “ânimo” e “consolação”, realizados em Cristo Jesus.

2 – “alguma consolação de amor”: uma disposição para viver conjuntamente o amor/afeição/benevolência/consideração/boa vontade/caridade (ágape) de Deus.

3 – “alguma comunhão do Espírito”: se há realmente uma comunidade que tem bebido da mesma fonte, vivendo em comunhão/partilha/intercâmbio social (koinonia). A comunidade é uma realidade criada pelo Espírito.

4 – “se há entranhados afetos e misericórdias/compaixões”: algo que vem do interior de cada qual para com todos.


2 completai a minha alegria


Ou seja, se é para completar a alegria do apóstolo, significa obviamente que ainda não estava completa. Algo faltava. Tinha problemas. Mas agora ele irá dar instruções para o que precisa ser feito a fim de se viver bem em comunidade.

Atos voltados para a unidade dos irmãos (vers. 2):

1 – Penseis a mesma coisa (ARA) /sintais o mesmo (ARC): certamente não se está a dizer ter literalmente pensamentos iguais, mas sim os mesmos objetivos de harmonia enquanto vivendo em comunidade;

2 – Tenhais o mesmo amor (ARA) / tendo o mesmo amor (ARC): certamente nem todos têm o amor na mesma intensidade, mas todos devem buscar a mesma fonte de amor, que é Deus.

3 – Sejais unidos de alma (ARA) / tendo o mesmo ânimo (ARC): unidos em intenção de viverem em unidade. De mesma mentalidade; unidos em paz e harmonia. Essa palavra synpsychos (sin = junto + psyche = alma) só é encontrada aqui no N.T.

4 – Tendo o mesmo sentimento  (ARA) / sentindo uma mesma coisa (ARC): é uma forma de repisar aquilo que já foi dito.

Atos voltados para a humildade  (vers. 3):

1 – nada façais por partidarismo/contenda: não fazer algo com o único objetivo de criar caso, ser do contra, favorecer somente o seu próprio grupo.

2 – nada façais por vanglória: não faça nada somente para aparecer, estar em evidência, ser aclamado, o maioral.

3 – por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo: considerar como a serviço do seu irmão; em alguma medida, sempre o outro é também superior a nós em alguma coisa.

Atos voltados para o serviço (vers. 4):

Não tendes cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros: na comunidade cristã, nós não nos achegamos buscando somente o nosso interesse. Nós buscamos oportunidade para servir ao nosso irmão, estarmos atentos às suas necessidades. Não são atos egoísticos que devem nos mover, mas sim atos solícitos.

Questões para meditar:

1 – Você consegue verificar falhas em você mesmo que levam à difucldade de relacionamentos entre os irmãos?

2 – Há em sua comunidade falhas relacionais, de unidade, que você consegue vislumbrar na comunidade em que você congrega?


3 – Que atitudes você deve poderia realizar para minimizar suas próprias falhas e da sua comunidade?

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