quarta-feira, 8 de março de 2017

Fogo estranho

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Nadabe e Abiú, filhos de Arão, trouxeram fogo estranho perante a face do Senhor e foram consumidos. O que podemos aprender dessa história?

1 – O fato de termos sido preparados e escolhidos por Deus para determinada obra não nos dá o direito de sermos relaxados em sua execução.

Nadabe e Abiú foram preparados para ser sacerdotes (Êxodo 28.40-41 e 29,1-7), posto de grande honra em Israel. Há pessoas que recebem todo o apoio e preparo para o exercício do ministério, ou de outra função qualquer, mas desperdiçam. Cumpre a cada um de nós andar da melhor forma possível nas obras que de antemão Deus planejou/preparou para que nelas andássemos (Efésios 2.10).

2 – Por mais importante que tenha sido uma experiência com Deus no passado, ela não nos dá o direito de sermos relaxados no presente.

Nadabe e Abiú participaram de uma das mais maravilhosas experiências com o Senhor. Eles, juntamente com Arão e Moisés, mais setenta anciãos, banquetearam na presença de Deus (Êxodo 24.9-13). Pouquíssimas pessoas tiveram uma experiência como essa! Não podemos alicerçar nosso relacionamento e trabalho ministerial somente com base na experiência que tivemos no passado com Deus. Importa sermos fiéis hoje e sempre! A quem mais foi dado, mais será exigido (Lc 12.48)

3 – Ser parente de alguém importante do ponto de vista espiritual/ministerial não nos traz privilégios a ponto de nos dar o direito de sermos relaxados na obra do Senhor.

Nadabe e Abiú eram filhos de Arão, e netos de Moisés. Mas isso não os livrou de serem consumidos pelo Senhor. No reino de Deus, não existe despotismo. O Senhor não faz vistas grossas para o erro de alguém só por ser filho de santo ou santa. Ou seja, embora seja um privilégio estar próximo de alguém que tenha grande intimidade com o Senhor, a nossa espiritualidade é pessoal! A salvação é individual, e a “alma que pecar, essa morrerá”.

4 – Simplesmente não podemos ser relaxados na obra do Senhor, pois Ele é santo!

Nadabe e Abiú utilizaram fogo estranho. Era para eles terem tirado a brasa diretamente do altar de bronze, onde era realizado o holocausto, mas parece que não foi isso que fizeram (a exata natureza desse fogo estranho não nos é revelada no texto). Talvez estivessem bêbados, e talvez nem fosse o momento adequado para realizar aquele ato. Há quem diga ainda que tal obra deveria ser executado somente pelo Sumo Sacerdote, que era Arão. Esse sacrifício de onde deveriam ser retiradas as brasas remetia, na antiga aliança, diretamente à pessoa de Jesus que iria um dia se sacrificar pelo seu povo, na concepção cristã. Ou seja, era uma obra sacrossanta da lei, cuja dignidade era defendida pela santidade do próprio Deus! A santidade de Deus é um dos seus mais esplendorosos e notáveis atributos. Nosso Deus é um fogo consumidor! (Êxodo 24.17 e Hebreus 12.25-29). 

Que esse exemplo do antigo testamento possa nos inspirar a trabalhar com zelo na obra do Senhor!

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