“Não
fostes vós que escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e
vos designei para que vades e dei fruto, e o vosso fruto permaneça” (João
15.16)
A vocação ministerial
dos apóstolos não estava alicerçada na sua própria iniciativa, conforme Jesus
disse:
“Não
fostes vós que me escolhestes, mas EU
vos escolhi”.
Assim também nos
nossos dias. A vocação ministerial de alguém é realizada por um ato de
soberania de nosso Senhor. Não se trata de um ato de iniciativa humana, e sim
divina.
Se eventualmente você
estiver desanimado em sua caminhada, tente se lembrar da qualidade de quem te
chamou. Foi o soberano, o Rei dos reis, o Senhor dos senhores, aquele que
morreu e ressuscitou para nos salvar, que juntamente com o Pai criou todas as
coisas, pois sem ele, nada do que foi feito se fez.
Quem perder a
dimensão de que foi escolhido por Jesus para determinada tarefa, correrá o
risco de desanimar frente às batalhas e desafios que forem surgindo. A
naufragar no pecado. A se desviar por veredas tortuosas. A preferir o lucro, as
riquezas, os prazeres e a deixar de lado sua vocação.
Jesus disse ainda aos
seus apóstolos:
“...eu
VOS escolhi...”
Ou seja, o Mestre
falou: escolhi VOCÊS! Vocês mesmos que estão aqui, perto e ao redor de mim.
Cada um de vocês! Alguém pode dizer: “mas que sou eu para ser assim escolhido”?
Ora, quem era Pedro, Tiago, João, André, senão homens comuns, pescadores,
iletrados, sem formação rabínica formal. Sim, foram esses que Jesus escolheu. E
continua escolhendo, gente simples do povo. Gente para trabalhar, para ensinar,
para ajudar, colocando tais desejos no coração de seus escolhidos. O
vocacionado só é feliz no cumprimento de sua santa vocação. Pois ele continua:
“...e
vos DESIGNEI...”
É como se tivesse
dito: nomeei vocês, dei uma missão a vocês. Separei vocês para algo. Vocês
agora não vivem mais sem propósito, sem missão, sem objetivo. Vocês são meus
discípulos. Ele os dotou de dons. Ele os enviou como cordeiros para o meio de
lobos. Ele mandou pregar, ensinar, batizar, socorrer, expulsar demônios, curar.
Ele criou um grupo de agentes do reino que levariam sua palavra e missão
adiante. Assim que ele fez e continua fazendo. Mas com que propósito? Que
objetivo? Primeiro:
“...e
vos designei PARA QUE VADES...”
Jesus quer movimento,
quer ação. Não é um ministério estático. Desde os tempos antigos ele manda seu
povo se movimentar. A Adão disse para multiplicar. A Abraão disse para deixar a
sua terra, a casa de sua parentela e a casa de seus pais. A Moisés, para
marchar. E aos discípulos para IREM, pregar a toda a criatura, batizar,
espalhar as boas novas. Mas não para por aí:
“...
DEIS FRUTOS...”
Dar fruto é procurar
transmitir a homens fiéis o que recebemos de Cristo para que seja retransmitido
a outros, e assim sucessivamente. É, com a ajuda de Deus, procurar reproduzir o
caráter de Cristo em nós. É ser usado para levar a Palavra e o Espírito Santo a
outros.
“....e
o VOSSO fruto...”
Embora tudo o que
façamos seja com a ajuda de Deus, pela sua graça, ainda assim ele permite
chamar de nosso fruto. Afinal, todo ramo n’Ele que não der fruto, Ele vem e
corta. O que me faz pensar que isso exige, ainda que minimamente, uma
participação nossa nesse frutificar para Deus.
“...e
o vosso fruto PERMANEÇA...”
O fruto apostólico
permaneceu que foi a igreja primitiva. Depois, os pais apostólicos, depois a
igreja medieval, moderna, contemporânea. Enfim, somos o fruto de alguém que
permaneceu. Assim, no futuro, pela graça de Deus, o nosso fruto permanecerá. Tanto
o fruto do caráter de Deus em nós, quanto o nosso serviço deixará marcas para a
eternidade também. Linda coisa é ver alguém que você ensinou ensinar outras
pessoas. Ver nossos filhos continuarem a obra de Deus, sejam eles físicos ou
espirituais.
“...a
fim de que tudo o quanto pedirem ao Pai, em meu nome, Ele vos conceda”.
Não há quem esteja em
meio ao contexto da missão evangélica que irá pedir ao Pai coisas inúteis,
afinal, estará trabalhando com a mente de Cristo. Eis um sinal da nossa
frutificação, ter nossas orações atendidas pelo Pai, sempre por intermédio de
nosso Senhor Jesus Cristo. Pode não ser sempre do modo como queremos,
entretanto, conosco o Pai estabelecerá um relacionamento, por intermédio de seu
filho, e no poder do Espirito, a fim de que nosso fruto possa permanecer.
Então, meus irmãos, que possamos jamais nos esquecer. Nossa vocação tem origem em Cristo, e o propósito é para que possamos dar fruto, e tal fruto permanecer, a fim de que tudo o quanto pedirmos ao Pai, Ele nos conceda, para sua própria glória!
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