sábado, 9 de abril de 2016

Manaém, colaço de Herodes

Houve três Herodes que foram mencionados no Novo Testamento. O primeiro foi Herodes, o Grande, também conhecido como aquele que mandou matar as crianças quando do nascimento de Jesus. Outro, foi Herodes Antipas, que viveu na época de João Batista, e que mandou a este degolar, após fazer uma promessa irrefletida à filha da mulher que tomara de Felipe. O outro foi Hedores Agripa, o que mandou degolar o apóstolo Tiago, prendeu Pedro, e depois morreu por juízo divino.



Mas o que é interessante é a informação em Atos 13, de que Manaém era líder da igreja em Antioquia, e que era colaço (irmão de criação) de Herodes, provavelmente, do Antípas. Isso significa que mesmo de dentro da casa de pessoas tão perversas, Deus pode suscitar um filho seu. Todos os Herodes foram, em maior ou menor grau, tiranos, assassinos e imorais, mas ainda assim, um dos seus foi ganho para a causa de Cristo!
Podemos aprender algumas lições:
Primeiramente, não é porque nascemos em uma família ruim, que precisamos ser pessoas ruins também.

Talvez dificilmente houvesse uma família tão terrível! Herodes, o Grande, mandou matar cunhado, esposa e filhos por medo de perder o poder. Mandou, como faraó, matar as crianças a fim de tentar exterminar o Messias. Antipas tomou a mulher de seu irmão Felipe, degolou João Batista. Agripa era bastante autoritário, além de realizar os fatos já narrados. Mas ainda assim, Manaém foi levantado como um grande líder da igreja em Antioquia. Muitas pessoas hoje nascem e crescem em lares disfuncionais; possuem pais perversos, mães ruins, ou são criados por pessoas inescrupulosas, ou crescem em lugares violentos. Mas com a ajuda da graça de Deus, podem escrever uma história diferente!
Em segundo lugar, entendo que a presença de uma pessoa santa na família eleva o grau de responsabilidade dos ímpios em tal casa.

Não temos nenhuma informação bíblica referente a como era a vida de Manaém com os seus. Entretanto, se lermos 2 Coríntios 2.15, veremos que Paulo nos ensina que somos o cheiro de vida para os que se salvam, e cheio de morte para os que se perdem. Jesus disse que a rainha de Sabá e os ninivitas se levantariam contra aquela geração, pois entre eles estava quem era maior que Salomão e Jonas (leia Mateus 12!
Ou seja, a partir do momento em que uma pessoa ímpia tem perto de si alguém que viveu a mesma história, e ainda assim, tem um testemunho diferente, ela não tem mais desculpa para viver de forma ruim. O rei Agripa tinha então um parente que era líder da igreja em Antioquia. Ainda assim preferiu matar um dos apóstolos em Jerusalém, prender outro, executar injustamente os guardas que prendiam Pedro. E após discursar arrogantemente para uma plateia, foi morto por sua própria soberba. Ele poderia ter tido um destino diferente se tivesse se espelhado em Manaém.

Em terceiro lugar, entendo que, mesmo se formos pessoas santificadas, há pessoas da nossa casa que poderão rejeitar nosso testemunho. Vejo que as vezes corremos o risco de nos sentirmos culpados por não conseguir converter um irmão, um cônjuge, os pais, ou filhos, mesmo dando bom exemplo e testemunho. Ora, cada qual tem sua própria liberdade, e será responsável pelo uso que dela fizer. Se você tem vivido honesta e piamente na presença de Deus, não tem porque se sentir culpado. Quem sabe Deu não te esteja chamado para uma nova família?
Deus abençoe!
(Resumo de sermão pregado por Carlos Seino na Igreja Evangélica Manaim em Guaianazes, em 02 de abril de 2016)



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